O presidente do Peru, José Jerí, declarou estado de emergência na capital Lima justificando a medida para combater o aumento da criminalidade no país.
Em um anuncio televisionado nesta terça-feira (21), Jeri disse que a medida vale por 30 dias.
“O estado de emergência, aprovado pelo Conselho de Ministros, entra em vigor à meia-noite e por 30 dias na região metropolitana de Lima e Callao, e apresenta uma nova abordagem. Estamos passando da defensiva para a ofensiva na luta contra a criminalidade, uma luta que nos permitirá recuperar a paz, a tranquilidade e a confiança de milhões de peruanos”, disse Jerí.
“Guerras se vencem com ações, não com palavras. Viva o Peru!”, acrescentou.
A determinação acontece após uma série de protestos liderados por jovens da Geração Z e sindicatos de trabalhadores atingir o país, rejeitando o governo do presidente interino José Jerí e o Congresso, em meio a um clima de insegurança e criminalidade no país.
Onda de protestos
Os jovens marcharam na quarta-feira passada (15) de diferentes partes da capital em direção ao centro histórico, reunindo-se na Plaza San Martín e seguindo em direção à sede do Congresso, vigiada por centenas de policiais.
Em várias regiões de Lima, houve confrontos entre manifestantes e policiais, além de fechamento de estradas devido à mobilização dos manifestantes e à suspensão temporária de rotas de transporte, anunciou a Autoridade de Transporte Urbano de Lima e Callao (ATU) em suas redes sociais.
Os manifestantes carregavam bandeiras e cartazes rejeitando o Congresso e Jerí, que foi nomeado presidente da República após a destituição de Dina Boluarte (2022-2025) por incapacidade moral em sua função de chefe do Parlamento.
A saída de Boluarte marca mais um episódio de instabilidade no Peru, país que teve seis presidentes em apenas sete anos.
O protesto massivo em Lima deixou uma pessoa morta por um ferimento a bala e mais de 100 feridos (78 policiais e 24 manifestantes), segundo a Defensoria do Povo, além de dez prisões.
O presidente interino Jerí lamentou a morte de Ruiz e espera “que as investigações determinem objetivamente os fatos e as responsabilidades”.
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