O Congresso Nacional brasileiro demonstra despreparo para lidar com questões complexas, segundo análise do cientista político Murillo de Aragão durante o WW. A avaliação aponta que o Legislativo mantém uma postura provinciana, com pouco interesse em assuntos de amplitude internacional.
De acordo com Aragão, quando ocorreu o primeiro tarifaço global em março, ele alertou algumas lideranças do Congresso sobre a necessidade de criar uma comissão especial para avaliar possíveis consequências para o Brasil.
No entanto, o foco dos parlamentares permanece em temas como emendas, discussões do pacote fiscal e relacionamento com o governo.
Preocupações institucionais
Segundo Aragão, os parlamentares demonstram indignação com o que consideram um ataque institucional sem precedentes no Brasil. Além disso, existe o receio de que possíveis retaliações possam atingir as lideranças do Congresso Nacional.
O cenário é agravado pela falta de clareza sobre potenciais sanções comerciais, tecnológicas e militares que podem impactar o país. “O cardápio é muito grande e isso pode ter repercussões muito graves”, alerta o especialista.
Perspectivas futuras
Sobre a possibilidade de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, Aragão indica que o tema deve retornar à pauta em algum momento, podendo ser colocado em votação, ainda que com possíveis restrições ou limitações. Já quanto ao impeachment, a análise aponta que seria uma medida improvável no momento.
O cientista político ressalta que as eleições do próximo ano e a configuração do Senado que emergirá em 2026 podem trazer novos desdobramentos para o cenário político. Por ora, o Congresso mantém-se em posição de cautela, aguardando os acontecimentos.
source https://www.cnnbrasil.com.br/politica/congresso-nao-esta-armado-para-reagir-a-tarifaco-diz-arko-ao-ww/
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